O promotor eleitoral João Batista de Castro Filho, do Ministério Público Eleitoral do Piauí, ofereceu denúncia contra a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) pelos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Além dela, mais oito pessoas também foram denunciadas no escopo da Operação Escudo Eleitoral, que descortinou um esquema de fraude eleitoral com a participação de membros de uma facção criminosa de Teresina.
A denúncia foi protocolada pelo promotor na segunda-feira (12). Além de Tatiana, o Ministério Público também denunciou: Alandilson Cardoso os (namorado da vereadora), Stênio Ferreira Santos (padrasto da vereadora), Maria Odélia de Aguiar Medeiros (mãe vereadora), Emanuelly Pinho de Melo (assessora da vereadora), Bianca dos Santos Teixeira Medeiros (irmã da vereadora), Lucas de Carvalho Dias Sena (cunhado da vereadora), Bruna Raquel Lima Sousa e Sávio de Carvalho França (funcionários do Instituto Vamos Juntos).

De acordo com a denúncia, Tatiana Medeiros fazia parte de um esquema de compra de votos operador pelo seu padrasto e sua assessora, com apoio financeiro de Alandilson e integrantes de uma facção criminosa que atua em Teresina. Alandilson teria doado R$ 1 milhão para a campanha eleitoral de Tatiana em 2024 com dinheiro oriundo de atividades ilícitas. Já Stênio, padrasto da vereadora, teria movimentado cifras milionárias em suas contas bancárias dentro do esquema.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o Instituto Vamos Juntos, ONG criada e coordenada por Tatiana, era usada para lavagem de dinheiro e para a compra de votos. A vereadora foi presa em 03 de abril, quando a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. Detida preventivamente, Tatiana Medeiros teve habeas corpus negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) e foi indiciada por cinco crimes.
A denúncia oferecida pelo promotor João Batista de Castro Filho será encaminhada para o juiz da 98ª Zona Eleitoral. Se for aceita a denúncia, Tatiana Medeiros e os demais envolvidos am à condição de réus no processo. Despacho assinado ontem (13) pelo juiz de Garantias, Luís Henrique Moreira Rego, determinou o envio da queixa-crime para apreciação do juiz eleitoral.
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