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Presidente da Câmara defende I do rombo bilionário, mas nega convocação do prefeito Silvio Mendes

Para Enzo Samuel, embora o déficit seja real, a preocupação maior da população está em ver os serviços públicos funcionando

28/05/2025 às 11h54

28/05/2025 às 12h01

O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Enzo Samuel (PDT), se manifestou nesta quarta-feira (28) sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (I), que investigará o rombo de R$ 3,6 bilhões nas contas da Prefeitura. A medida foi articulada por vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e contou com 13 s, sendo sete delas da bancada petista.

Ao O Dia, Enzo destacou que respeita a iniciativa e defende que a apuração seja conduzida com responsabilidade, focando em soluções para a cidade e não em disputas políticas ou pré-julgamentos.

Enzo Samuel (PDT), presidente da Câmara de Vereadores de Teresina - (Assis Fernandes / O DIA) Assis Fernandes / O DIA
Enzo Samuel (PDT), presidente da Câmara de Vereadores de Teresina

“Sempre disse que minha atuação nessa câmara como presidente é de forma independente. O que a gente sempre tem que buscar é o quê? É se há esse desequilíbrio financeiro, a câmara ela tem que ser parceira para buscar seu equilíbrio financeiro, inclusive os responsáveis que cometeram algum ato ilícito”, afirmou.

O presidente da Casa ponderou que, embora o déficit seja real, a preocupação maior da população está em ver os serviços públicos funcionando. Para ele, a I deve contribuir para garantir melhorias concretas à população.

“Nós não podemos fazer qualquer tipo de pré-julgamento, sair julgando, pelo contrário, até mesmo porque o que a população espera é a solução. A população sabe que tem um déficit, mas o que que a população quer de fato? Ela quer transporte público nas paradas, ela quer ônibus rodando, ela quer medicação nas UBSs, ela quer uma cidade limpa e para que a gente entregue esse resultado é se necessário esse equilíbrio financeiro”, relatou.

Enzo também comentou possibilidade de visita do prefeito Silvio Mendes (União Brasil) à Câmara. A expectativa é que o gestor compareça para prestar esclarecimentos sobre a situação fiscal do município. Segundo ele, não houve qualquer tipo de convocação oficial, como chegou a ser divulgado.

“A gente precisa conhecer o regimento quando a gente for falar aqui da Câmara Municipal. Não existe previsão legal no regimento de convocação de prefeito, não houve isto na casa. O prefeito entrou em contato comigo, se colocou à disposição para prestar esclarecimento sobre essa questão financeira do município, mas não houve qualquer tipo convocação”, explicou.

Sessão encerrada por falta de quórum

Ainda durante a entrevista, o presidente da Câmara esclareceu o encerramento antecipado da sessão realizada nesta quarta-feira (28), que chegou a ser interpretado por alguns setores como uma tentativa de esvaziar os debates sobre a I.

Enzo negou qualquer relação e afirmou que a medida foi motivada apenas pelo não comparecimento de vereadores.

“A sessão hoje ela foi sintética. A gente tem uma pauta enxuta e não é que não ocorreu, ela ocorreu mas de forma sintética. Eu estou aqui. Eu segui, abri a sessão, criei minhas partes. Não tem nada a ver a sessão com I, com audiência pública, com sessão solene, com entrega de título. Tudo isso são atos separados aqui dentro da Câmara Municipal. A I não está prejudicada em nada. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Por isso que eu disse que eu não entendia a correlação”, finalizou.


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