O vereador Eduardo Draga Alana (PSD) comentou nesta sexta-feira (25) as investigações da Polícia Federal que culminaram na prisão da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), que se encontra detida desde o dia 04 de abril em Teresina. O parlamentar afirmou que a Câmara Municipal tem acatado todas as decisões judiciais envolvendo a vereadora. Draga Alana disse ainda que é a "Justiça Eleitoral que vai determinar o futuro da vereadora Tatiana".
Isso é uma determinação da Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral é que vai determinar o futuro da vereadora Tatiana. E a casa está respeitando os devidos mandados da Justiça. Então, eu faço uma avaliação que, antes de julgar – quando for finalizado todo o inquérito – vamos aguardar a determinação da Justiça
Tatiana Medeiros já está há mais de 20 dias presa na Sala de Estado Maior, no Quartel do Comando da Polícia Militar. Ela foi detida na segunda fase da operação Escudo Eleitoral, que investiga associação de membros do Legislativo Municipal de Teresina com facções criminosas, bem como o uso de dinheiro ilícito para financiar campanhas eleitorais. Contra Tatiana pesa a acusação de compra de votos.
O inquérito da Polícia Federal revelou um esquema que envolvia inclusive a mãe, o padrasto, a irmã da vereadora, além de funcionários do Projeto Vamos Juntos, ONG criada e coordenada por Tatiana. A polícia detectou movimentações de mais de R$ 9 milhões nas contas bancárias do padrasto da parlamentar e o namorado dela, Alandilson Cardoso os, teria investido R$ 1 milhão na campanha para a Câmara Municipal com dinheiro oriundo do crime organizado.
Tatiana teve um pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal Regional Eleitoral no dia 14 de abril e permanece presa preventivamente. Na Câmara, a cadeira deixada por ela, que está afastada do cargo, segue vazia e a Casa tem dez dias para decidir sobre a convocação de seu suplente. Tatiana Medeiros foi indiciada pela Polícia Federal por seis crimes: organização criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato/desvio (rachadinha).
No último dia 24 de abril, a Polícia Federal pediu à justiça a manutenção da prisão da vereadora do PSB. O pedido veio em resposta à provocação do Ministério Público Eleitoral, que enviou despacho à polícia questionando se persiste o interesse na continuidade da prisão da parlamentar. No despacho, o juiz Luís Henrique Moreira Rego, juiz de Garantias, intimou a autoridade policial para que em cinco dias informe se ainda tem interesse na continuidade da medida cautelar, bem como sobre a existência de eventuais diligências em andamento. O MPF requereu da PF também a apresentação do relatório final das diligências, caso já tenham sido concluídas.
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