Que o período junino é o mais aguardado pelos brasileiros, isso já é sabido, mas que as festas juninas são as mais importantes dos teresinenses, isso é uma novidade. Segundo a pesquisa inédita “Cultura nas Capitais”, que revela os hábitos culturais da população de Teresina, 43% dos teresinenses disseram que a festa junina é o evento cultural mais importante da capital, enquanto apenas 3% citaram o carnaval. Segundo os entrevistados, 36% afirmaram ter ido à festa nos últimos 12 meses, e apenas 20% foram a blocos carnavalescos. A pesquisa foi feita por uma consultoria especializada no setor cultural no Brasil, e entrevistou 600 teresinenses entre os meses de abril e maio.
Em Teresina, os entrevistados citaram 19 manifestações populares, que inclui, além das festas juninas, desfiles de Carnaval e blocos de Carnaval, as festas religiosas (15%) e as festas do boi (10%). Com relação aos eventos culturais, os entrevistados citaram 75 classificações, incluindo as festas juninas/ arraial (43%), seguidos das festas e danças populares (7%) e eventos culturais/ religiosos (3%).

Nesse cenário, Teresina figura entre as capitais onde a frequência a festas populares em geral é mais elevada (44%), e onde o interesse declarado por esse tipo de evento é um dos maiores do país — 54% dos entrevistados dão nota de 8 a 10 para seu interesse em festas populares, numa escala de 0 a 10. Os dados reforçam a potência simbólica e afetiva dessas celebrações na construção da identidade cultural teresinense.
No segmento gastronomia, e reforçando o elo entre identidade cultural e memória, o arroz Maria Isabel foi considerado o prato típico que melhor representa a culinária de Teresina. Vinte e oito por cento dos entrevistados, o que representa a maior parte dos que participaram da pesquisa, elegeram a iguaria com o prato que é a cara da cidade. O arroz foi citado em suas mais variadas misturas, como a Maria Isabel, o arroz com pequi e arroz com frango.
Forró é o ritmo musical preferido de mais da metade dos teresinenses
A preferência musical dos teresinenses revela uma identidade sonora profundamente conectada às raízes populares do Nordeste. Teresina é considerada a capital brasileira que mais ama forró: 52% dos moradores apontam o gênero musical como o preferido, índice três vezes superior à média das demais capitais (16%).
Enquanto o sertanejo lidera entre as médias das capitais, com 34%, na capital do Piauí, o estilo musical segue com o mesmo percentual, mas ocupando o segundo lugar no tipo de música mais ouvida. No Brasil, 308 gêneros e 120 artistas foram mencionados.
A dança também tem espaço de destaque na vida cultural de Teresina, que figura entre as capitais do Nordeste com maior o a esse tipo de manifestação artística. Cerca de 26% dos moradores declararam ter assistido a apresentações de dança nos 12 meses anteriores à pesquisa, número que coloca a cidade à frente de grandes centros culturais e atrás apenas de Natal (29%) na região.

O dado revela um público engajado e interessado, especialmente considerando que, na comparação com as demais capitais, a média de o a espetáculos de dança é sensivelmente mais baixa (24%). Além disso, a pesquisa aponta que existe um público potencial expressivo: além dos que já foram, outros 29% dos teresinenses que não participaram dessas apresentações declararam ter alto interesse em ir (notas de 8 a 10 numa escala de 0 a 10). Ou seja, o o efetivo à dança na cidade poderia mais que dobrar, caso fossem criadas condições favoráveis de oferta, divulgação e ibilidade para esse público.
E para curtir seus hits favoritos, 82% dos teresinenses utilizam o aparelho celular para reproduzir músicas, seguidos dos que preferem sons portáteis (72%), carros (52%) e rádio (48%). Dentre os aplicativos mais utilizados está o YouTube (76%), Spotify (47%) e o TikTok (34%). A maioria dos entrevistados revelou que preferem ouvir música sem fone de ouvido (80%), e apenas 20% usa fone.
O resultado da pesquisa “Cultura nas Capitais” será divulgada nesta quarta-feira (28), a partir das 13h30, durante evento realizado no Auditório Salomé Cabral, da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A participação é gratuita e aberta ao público, mediante inscrição prévia no site. As vagas são limitadas e sujeitas à lotação do local – há certificado de participação para quem acompanhar o evento.
A pesquisa Cultura nas Capitais foi realizada pela consultoria especializada JLeiva Cultura & Esporte, que mapeou os hábitos culturais em todas as capitais brasileiras. Ao todo, foram realizadas 19,5 mil entrevistas presenciais nas 26 capitais e no Distrito Federal, revelando o perfil de quem a e não a atividades culturais. Em Teresina, os pesquisadores entrevistaram 600 pessoas.
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