Nesta quarta-feira (28) a I da Águas de Teresina ouviu a primeira pessoa a depor na comissão que investiga a atuação da concessionária na capital. O Coronel Edvaldo Marques foi à Câmara Municipal prestar esclarecimentos aos vereadores sobre a atuação dele como presidente da Agência Reguladora de Serviços (ARSETE), órgão vinculado à Prefeitura de Teresina.

Em entrevista à imprensa, o ex-presidente da Arsete afirmou que em sua gestão frente à agência - entre 2017 e 2020 - o órgão cumpriu com a missão de fiscalizar o cumprimento do contrato pela Águas de Tersina. “Eu fui por quatro anos presidente da Arsete, a agência de regulação do município. Inclusive no início do serviço de subconcessão eu era o presidente. E aqui eu venho para colaborar com a comissão prestar informações a respeito do meu conhecimento, da minha experiência e vou ficar aqui equidistante das partes, apenas trazendo informações para que a comissão possa conduzir aí os e possa buscar solução para a nossa população”, disse.
“Durante a época, nós estivemos ali com um papel regulador e fiscalizador. E a ARSETE decide em colegiados, são três diretores que após ouvir - inclusive a própria sociedade - toma a decisão com relação a reajuste tarifário, a revisão do contrato para o reequilíbrio e também verificar a prestação de serviço. E nesse sentido, nós não só notificamos como também aplicamos algumas punições a época. Então nesse momento, eu não tenho acompanhado o trabalho da ARSETE e acredito que ela continua regulando e fiscalizando o contrato”, afirmou o ex-presidente.
O presidente da I, vereador Petrus Evelyn (Progressistas) comentou sobre o início dos trabalhos da comissão. “Hoje é a primeira oitiva da I da Águas de Teresina. Nós vamos conversar com o Edvaldo Marques, que foi o primeiro presente da ARSETE, ele também foi o presente da Câmara de Vereadores quando as leis foram organizadas para receber a Águas de Teresina, assim como foi o primeiro presente da ARSETE quando mudou da AGESPISA para a Águas de Teresina, acredito que ele pode esclarecer muitos pontos”, projeta.

Porém, o vereador questionou alguns pontos do contrato que, na visão dele, beneficiam mais a empresa do que a população teresinense. “A gente precisa entender como é que foi feito esse contrato, porque ele é um contrato de risco zero para a Águas de Teresina. Ele é um contrato que em qualquer movimentação da prefeitura, a empresa tira toda a responsabilidade dela. Se ela perder esse contrato, ela é indenizada em 100%. Por ser subjúdice, ela cobra mais caro. Se a prefeitura alterar qualquer informação em relação à atuação da Águas de Teresina, a empresa pode mudar as metas, pode alterar tudo. Ou seja, é risco zero para a empresa. Como é que a prefeitura, a Arsete, o governo do Estado aceitaram isso. O município praticamente apenas perde com esse contrato”, declarou o vereador.
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