A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia Seccional de Itaueiras, prendeu na manhã de sexta-feira (30), um homem identificado como R.S.G., suspeito de ass a adolescente grávida Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, em Itaueira, Sul do Piauí. Segundo as investigações, o suspeito é padrasto da vítima, e dados extraídos do celular dele confirmam sua presença no local, contradizendo a versão inicial apresentada à polícia.
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O crime ocorreu em 24 de março deste ano, a adolescente foi encontrada morta dentro de casa pela mãe. A vítima apresentava perfurações no tórax, hematomas e sinais de agressão no rosto e pescoço. Ela estava grávida de aproximadamente cinco meses.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Itaueiras, João Ênio, a investigação foi complexa e demandou uma série de diligências, principalmente pela ausência de testemunhas diretas e evidências iniciais claras. A equipe precisou acionar o Judiciário para obter dados sigilosos que pudessem ajudar a identificar quem estava na cena do crime no momento do ocorrido.
“Foram necessárias inúmeras representações ao Judiciário para obtermos dados fornecidos por provedores de conexão, de aplicação e operadoras de telefonia. A análise dessas informações nos permitiu identificar a presença de R.S.G., no local do crime, no momento do crime. São dados irrefutáveis, inquestionáveis, que nos permitem chegar a essa conclusão”, declarou o delegado.
Com a contradição entre os dados coletados e o depoimento do suspeito, que afirmou estar na zona rural do município no momento do crime, a Polícia Civil solicitou a prisão provisória, alegando risco de interferência nas investigações. O homem foi conduzido à Delegacia Regional de Canto do Buriti, onde permanece à disposição da Justiça.
“Ele está preso provisoriamente, porque a polícia entende que, tendo em vista a relação interpessoal com familiares, com a companheira, a investigação estava sendo prejudicada. Temos o prazo legal para finalizar esse inquérito. Ainda estamos aguardando a resposta da polícia científica, com dados que possam corroborar os elementos que colacionamos nos autos e finalmente finalizar o inquérito e remeter ao Judiciário para que o Ministério Público se manifeste”, concluiu João Ênio.
Relembre o caso
No dia do crime, a mãe da adolescente havia saído de casa e retornou por volta das 20h. Ao chegar, percebeu que a porta da residência estava aberta. Inicialmente, imaginou que a filha estivesse com o padrasto. Após tentar contato por telefone e não obter resposta, ou a procurar por Maria Victória nos cômodos da casa. Ao entrar no próprio quarto, encontrou a filha caída no chão, ensanguentada e já sem sinais vitais.
A adolescente, que estava grávida de cinco meses, apresentava perfurações no tórax, inchaço no rosto e no pescoço, além de hematomas no braço. Familiares relataram ter encontrado uma faca na residência no dia do crime, mas o objeto desapareceu.
Inicialmente, o ex-namorado da vítima, pai do bebê que ela esperava, foi considerado o principal suspeito. Entretanto, após avanço das investigações, a Polícia Civil descartou seu envolvimento direto no caso.
Com o objetivo de reunir mais provas que ajudassem a esclarecer a autoria do homicídio, o corpo de Maria Victória foi exumado no dia 10 de abril, permitindo a realização de exames biológicos complementares.
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