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“Prefeitura não tem dinheiro para colocar no transporte”, diz Silvio em meio à greve

Com o transporte coletivo parado na capital, o prefeito lembra que o rombo nas contas públicas é bilionário e que, no momento, aumentar o subsídio às empresas é inviável.

12/05/2025 às 07h30

Atualizada às 10h34

A Prefeitura de Teresina não tem condições de arcar com o aumento do subsídio para o transporte coletivo. Foi isso o que afirmou o prefeito Silvio Mendes nesta manhã (12), durante a adesão da capital piauiense ao Programa Acredita, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social. O transporte coletivo teresinense amanheceu em greve. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Motoristas e cobradores deflagram greve geral no transporte público de Teresina - (Arquivo / O DIA) Arquivo / O DIA
Motoristas e cobradores deflagram greve geral no transporte público de Teresina

Faz parte do contrato de operação do serviço de transporte o ree mensal do poder público para as empresas que exploram o setor. Esse ree subsidia gratuidades e a meia-agem estudantil, tudo aquilo que deixa de ser arrecadado nas catracas dos ônibus. Por mês, este valor soma uma quantia milionária. No entanto, em meio à greve, a Prefeitura disse não ter condições financeiras de elevar mais esse subsídio que é reado para cobrir as reivindicações da categoria.

“O transporte é um problema e tem que ser enfrentado da melhor forma, olhando para o interesse da população. A prefeitura não tem dinheiro para colocar no sistema. Estamos com dificuldade financeira, em situação de calamidade e com dívidas elevadíssimas. Não tem dinheiro para aumentar o subsídio ao transporte coletivo”, pontuou Silvio Mendes. Na semana ada, o gestor anunciou que a dívida da Prefeitura chega a R$ 3 bilhões.

“Prefeitura não tem dinheiro para colocar no transporte”, diz Silvio em meio à greve - (Jailson Soares/PMT) Jailson Soares/PMT
“Prefeitura não tem dinheiro para colocar no transporte”, diz Silvio em meio à greve

Para tentar diminuir os prejuízos à população pela falta de ônibus, a Strans cadastrou veículos alternativos para circular enquanto durar o movimento grevista. Até o momento, 42 veículos foram cadastrados. E a expectativa da STRANS é de cadastrar 85 ainda nesta segunda-feira.

Iniciada às 7h30

Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina iniciaram hoje (12) uma greve geral no transporte público da capital por tempo indeterminado. O movimento foi confirmado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), após tentativas frustradas de negociação com o poder público e o setor empresarial. Vans e ônibus cadastrados pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começaram a circular na capital.

Motoristas e cobradores deflagram greve geral no transporte público de Teresina - (O DIA) O DIA
Motoristas e cobradores deflagram greve geral no transporte público de Teresina

Nas paradas de ônibus da capital, muitos usuários foram pegos de surpresa ao não saber da paralisação. Os ageiros se aglomeram nos pontos de embarque e desembarque das principais vias da capital, como as avenidas Miguel Rosa, Getúlio Vargas, Barão de Gurgueia e Presidente Kennedy. Quem estava mais apressado precisou recorrer ao transporte por aplicativo (carro ou moto); porém já há reclamações sobre o aumento da dinâmica dos veículos por app.

Outros usuários buscaram os serviços de "ligeirinhos" para conseguir chegar a tempo ao trabalho ou na escola. Sem transporte público e com a maior demanda por transporte individual, o trânsito está mais lento em diversas vias da capital. Na avenida Miguel Rosa, por exemplo, o trânsito está mais complicado que o normal. Segundo o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, havia informado que a paralisação seria por algumas horas a partir das 5h da manhã, com os ônibus permanecendo nas garagens.

A categoria reivindica reajuste salarial, estagnado há três anos, segundo o sindicato, além de melhorias no ticket-alimentação e no auxílio-saúde. Na última sexta-feira (9), os trabalhadores já haviam realizado paralisações pontuais no início da manhã e no final da tarde, afetando parte da população usuária do transporte coletivo.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o Sintetro afirmou que, apesar da abertura de diálogo, não houve avanço nas tratativas. “Nesta segunda-feira, a greve será iniciada. Iniciamos movimentos na sexta, mas infelizmente não tivemos o resultado positivo que esperávamos”, informou a entidade nas redes sociais”, declarou a entidade. A categoria chegou a suspender a paralisação no sábado (10), a pedido da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), que se comprometeu a discutir as pautas. No entanto, segundo o sindicato, não houve proposta oficial por parte da Prefeitura.

Para tentar reduzir os impactos da greve, a Strans iniciou o cadastramento emergencial de veículos particulares para operar temporariamente no transporte coletivo da cidade. A situação, que não é novidade para os teresinenses, gera apreensão entre os usuários do transporte público. Com o início da greve, a expectativa é de que o serviço seja reduzido, o que exige alternativas de mobilidade em diferentes regiões da capital.


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