Atualizada às 10h34
A Prefeitura de Teresina não tem condições de arcar com o aumento do subsídio para o transporte coletivo. Foi isso o que afirmou o prefeito Silvio Mendes nesta manhã (12), durante a adesão da capital piauiense ao Programa Acredita, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social. O transporte coletivo teresinense amanheceu em greve. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Faz parte do contrato de operação do serviço de transporte o ree mensal do poder público para as empresas que exploram o setor. Esse ree subsidia gratuidades e a meia-agem estudantil, tudo aquilo que deixa de ser arrecadado nas catracas dos ônibus. Por mês, este valor soma uma quantia milionária. No entanto, em meio à greve, a Prefeitura disse não ter condições financeiras de elevar mais esse subsídio que é reado para cobrir as reivindicações da categoria.
“O transporte é um problema e tem que ser enfrentado da melhor forma, olhando para o interesse da população. A prefeitura não tem dinheiro para colocar no sistema. Estamos com dificuldade financeira, em situação de calamidade e com dívidas elevadíssimas. Não tem dinheiro para aumentar o subsídio ao transporte coletivo”, pontuou Silvio Mendes. Na semana ada, o gestor anunciou que a dívida da Prefeitura chega a R$ 3 bilhões.

Para tentar diminuir os prejuízos à população pela falta de ônibus, a Strans cadastrou veículos alternativos para circular enquanto durar o movimento grevista. Até o momento, 42 veículos foram cadastrados. E a expectativa da STRANS é de cadastrar 85 ainda nesta segunda-feira.
Iniciada às 7h30
Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina iniciaram hoje (12) uma greve geral no transporte público da capital por tempo indeterminado. O movimento foi confirmado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), após tentativas frustradas de negociação com o poder público e o setor empresarial. Vans e ônibus cadastrados pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começaram a circular na capital.

Nas paradas de ônibus da capital, muitos usuários foram pegos de surpresa ao não saber da paralisação. Os ageiros se aglomeram nos pontos de embarque e desembarque das principais vias da capital, como as avenidas Miguel Rosa, Getúlio Vargas, Barão de Gurgueia e Presidente Kennedy. Quem estava mais apressado precisou recorrer ao transporte por aplicativo (carro ou moto); porém já há reclamações sobre o aumento da dinâmica dos veículos por app.
Outros usuários buscaram os serviços de "ligeirinhos" para conseguir chegar a tempo ao trabalho ou na escola. Sem transporte público e com a maior demanda por transporte individual, o trânsito está mais lento em diversas vias da capital. Na avenida Miguel Rosa, por exemplo, o trânsito está mais complicado que o normal. Segundo o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, havia informado que a paralisação seria por algumas horas a partir das 5h da manhã, com os ônibus permanecendo nas garagens.
A categoria reivindica reajuste salarial, estagnado há três anos, segundo o sindicato, além de melhorias no ticket-alimentação e no auxílio-saúde. Na última sexta-feira (9), os trabalhadores já haviam realizado paralisações pontuais no início da manhã e no final da tarde, afetando parte da população usuária do transporte coletivo.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o Sintetro afirmou que, apesar da abertura de diálogo, não houve avanço nas tratativas. “Nesta segunda-feira, a greve será iniciada. Iniciamos movimentos na sexta, mas infelizmente não tivemos o resultado positivo que esperávamos”, informou a entidade nas redes sociais”, declarou a entidade. A categoria chegou a suspender a paralisação no sábado (10), a pedido da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), que se comprometeu a discutir as pautas. No entanto, segundo o sindicato, não houve proposta oficial por parte da Prefeitura.
Para tentar reduzir os impactos da greve, a Strans iniciou o cadastramento emergencial de veículos particulares para operar temporariamente no transporte coletivo da cidade. A situação, que não é novidade para os teresinenses, gera apreensão entre os usuários do transporte público. Com o início da greve, a expectativa é de que o serviço seja reduzido, o que exige alternativas de mobilidade em diferentes regiões da capital.
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