O cantor MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto, foi solto no início da tarde desta terça-feira (3), após cinco dias preso. A libertação foi determinada por habeas corpus concedido pelo desembargador Peterson Barroso Simão, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

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MC Poze do Rodo é solto após cinco dias preso

Poze estava detido desde o dia 29 de maio no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó. A decisão judicial entendeu que a prisão temporária de 30 dias era excessiva para o andamento das investigações e que o material já recolhido em busca e apreensão era suficiente para prosseguir com o caso. Segundo o desembargador, não há provas, até o momento, de que o artista estivesse em posse de drogas, armas ou materiais ilícitos.

A defesa do cantor alegou que a prisão era desproporcional e caracterizava uma tentativa de criminalizar a arte periférica. Para os advogados, as músicas de Poze retratam a realidade das comunidades e devem ser protegidas pela liberdade de expressão.

MC Poze do Rodo/Instagram

Poze do Rodo foi preso por apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas

Tumulto na saída

A soltura do funkeiro gerou aglomeração em frente ao presídio. Familiares, fãs e o cantor Oruam acompanharam a saída. A presença do público exigiu reforço policial. Houve momentos de confusão, com empurra-empurra e uso de spray de pimenta por parte da PM para dispersar a multidão. Algumas pessoas aram mal.

Oruam, que já havia criticado a prisão nas redes sociais, subiu em um ônibus estacionado nas proximidades, o que intensificou o tumulto. Após deixar o presídio, Poze subiu no teto solar de um carro, tirou a camisa e comemorou ao lado da esposa, a influenciadora Viviane Noronha, com quem tem três filhos.

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Milhares de pessoas estiveram reunidas na porta da penitenciária

Medidas cautelares impostas

Com a revogação da prisão, MC Poze deverá cumprir uma série de medidas cautelares enquanto o processo segue em tramitação:

• Comparecimento mensal em juízo, até o dia 10 de cada mês, para informar e justificar suas atividades;

• Proibição de ausentar-se da comarca durante a análise do mérito do habeas corpus;

• Obrigação de manter um telefone atualizado para contato imediato com a Justiça;

• Proibição de mudar de endereço sem comunicar previamente ao Juízo;

• Proibição de manter contato com investigados no inquérito, testemunhas ou pessoas ligadas à facção Comando Vermelho;

• Entrega obrigatória do aporte à Secretaria do Juízo.

O caso segue sob investigação pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio.