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Moradores relatam transtornos após três dias sem água na zona Sudeste de Teresina

Desde a tarde de sexta-feira (16), os moradores da zona Sudeste de Teresina enfrentam problemas com a falta de água na região. O desabastecimento ocorreu após uma intervenção complexa no sistema de bombeamento da área, realizada pela Águas de Teresina. A operação exigiu substituição de bombas, válvulas e outros equipamentos de grande porte. A falta de água surpreendeu muitos moradores, que ficaram sem o líquido para realizar as tarefas mais básicas, como beber, fazer comida e tomar banho.

Assis Fernandes/ODIA
A servidora pública Cassandra da Costa está sem água desde sexta-feira (16)

Foi o que aconteceu com a servidora pública Cassandra da Costa (38), que reside no Dirceu I, é casada e mãe de dois filhos pequenos. Ela conta que, ainda na sexta-feira, foi surpreendida com a falta de água, e que somente soube do desabastecimento pelas redes sociais. Na publicação, a previsão de conclusão do serviço era até a madrugada, com normalização do serviço até o meio-dia, mas não foi o que aconteceu.

Fiquei, desde o meio-dia, à espera, mas só começou a chegar água por volta das 17h, e foi com essa água que consegui lavar as louças e enchi um pouco da caixa, mas logo depois faltou novamente. Eles fizeram uma nova publicação, nas redes sociais, informando que o serviço iria continuar novamente, e nisso nós já estávamos sem água para tomar banho, beber, dar banho nas crianças, fazer comida, limpar o quintal e colocar água para os cachorros

Cassandra da Costa (38)servidora pública

Sem água desde então, Cassandra precisou recorrer à sogra, neste domingo (18), que ficou com os netos, enquanto a servidora pública seguia para o trabalho. Foi a sogra que preparou e levou a comida do esposo de Cassandra, que ficou responsável por cuidar do outro filho do casal. Além disso, a família precisou comprar água mineral para consumo.

Assis Fernandes/ODIA
Até às 13h desta segunda-feira (19), a água ainda não chegou à torneira da casa de Cassandra da Costa.

“Ontem à noite, quando eu cheguei do trabalho, coloquei todas as louças em um balde e fui lavar na casa da minha sogra. Aproveitamos e enchemos alguns garrafões de água, que precisamos comprar, para trazer também, pois não tínhamos mais nada. Aproveitamos e tomamos banho por lá também, e voltamos por volta das 22h, só para dormir”, comenta.

Até às 13h desta segunda-feira (19), a água ainda não chegou à torneira da casa de Cassandra da Costa. Um transtorno, especialmente para ela que tem filhos pequenos e exige um cuidado e atenção especial.

“As crianças precisam beber água toda hora e tomam vários banhos ao longo do dia. O menor tem um ano e ainda usa fralda, então precisa fazer sempre a troca e, sem água, fica complicado. Além disso, temos cachorros e filhotes, e o quintal está sujo, sem ter como limpar e colocar água. Tenho meia jarra de água na geladeira e essa é toda a água que temos para beber. A louça ou a manhã suja e não sei como vou fazer o almoço Vai precisar ser algo rápido, que não exija muita água”, relata.

Assis Fernandes/ODIA
Cassandra precisou levar a louça para ser lavada na casa de sua sogra

Contraponto

Por meio de nota, a Águas de Teresina informou que o abastecimento de água na região Sudeste da capital está sendo retomado desde às 23h do domingo (18), e que a normalização está acontecendo de forma gradativa, iniciando pelas áreas mais baixas e posteriormente as mais altas.

Além disso, destacou que, durante todo o período da intervenção, o trabalho foi realizado em múltiplas frentes. A principal delas esteve focada na operação para a retomada do abastecimento, enquanto outra frente atuou na minimização dos impactos à população, com a disponibilização de caminhões-pipa para atender casos emergenciais nas áreas afetadas. Esse serviço permanece disponível e pode ser solicitado gratuitamente pelo número 0800 223 2000, por ligação ou WhatsApp.

Segundo a empresa, a equipe de Responsabilidade Social da Águas de Teresina também esteve em campo, realizando visitas aos bairros impactados e mantendo contato direto com as lideranças comunitárias. O objetivo foi identificar e priorizar as situações mais urgentes, garantindo e direcionado às demandas mais sensíveis da população.


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