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João Magalhães

por João Magalhães

Ministério Público denuncia prefeito Elói Pereira, de Barro Duro, por pagar R$ 1,1 milhão a empresa que não prestou serviços

Prefeito, ex-secretários e empresários são réus e promotor quer a condenação de todos

06/06/2025 às 10h19

O prefeito de Barro Duro, Elói Pereira de Sousa, de 89 anos, enfrenta mais um processo na Justiça. Dessa vez, ele se tornou réu em uma Ação de Improbidade istrativa ajuizada pelo Ministério Público que também envolve Martha Clarissa Campelo, Solimar Barrada de Lima e Fábio Henrique Brito, que ocuparam os cargos de secretários municipais de Saúde, Assistência Social e Finanças, respectivamente. Na ação, o empresário Candido José Feitosa Lira, dono da empresa que leva seu nome, também é réu.

O prefeito tem 89 anos e já responde a outros processos na Justiça. - (Divulgação) Divulgação
O prefeito tem 89 anos e já responde a outros processos na Justiça.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MP, em uma inspeção em parceria com o Tribunal de Contas do Estado sobre os pagamentos efetuados pela Prefeitura às empresas Candido José F. Lira e Bless Distribuidora de Produtos de Higiene e Armarinho LTDA, foram encontradas irregularidades como altos valores em desacordo com a lei. A inspeção identificou que R$ 1.117.057,00 foram pagos à empresa de Candido José sem licitação, sem contrato, sem nota fiscal e sem comprovação de serviços.

O promotor de Justiça Ari Martins apontou em relatório da ação que não localizou extratos da contratação e nem documentos no diário oficial, nem no portal da transparência e nem nos sistemas de prestação de contas. Com base nas provas documentais, relatórios de inspeção, dados bancários e depoimentos reunidos durante mais de dois anos de investigação, o promotor defende que é comprovada a ocorrência de atos de improbidade istrativa que causaram dano ao erário e violação de princípios istrativos.

No processo, o representante do Ministério Público pede a condenação dos réus a perda da função pública, suspensão de direitos políticos e de contratação com o poder público por 12 anos e pagamento de multa no valor dos gastos irregulares.

O DIA tentou contato com o prefeito Elói Pereira, mas não obteve retorno até o momento.