Após quatro meses de internação, o adolescente João Lucas Campelo, de 17 anos, baleado dentro de uma escola particular em Teresina, recebeu alta médica e agora continuará seu processo de reabilitação em casa. A informação foi confirmada pela mãe do jovem, Cleytiana Campelo, por meio das redes sociais. “Ele chorou ao entrar no quarto”, disse a mãe do jovem.

João foi atingido com um tiro na nuca dentro do refeitório do colégio onde estudava. A autora do disparo foi a ex-namorada dele, uma adolescente de 17 anos que também frequentava a escola. Segundo a polícia, a jovem utilizou a arma do próprio pai, um policial militar, para cometer o ato. Após o disparo, ela foi apreendida e encaminhada ao Centro Educacional Feminino (CEF), onde cumpre medida socioeducativa.
A bala atingiu a coluna cervical de João Lucas, o que provocou graves danos neurológicos. Apesar de ter ado por cirurgia, o projétil permanece alojado e, de acordo com os médicos, o quadro clínico é considerado irreversível, com risco confirmado de tetraplegia. Ainda assim, a família mantém esperanças em sua recuperação. Em publicações nas redes sociais, a mãe do jovem agradece pelas orações e fala em “milagres diários”.

A investigação da Polícia Civil confirmou que o crime foi motivado pelo fim do relacionamento entre os dois jovens. Além da arma usada no ataque, uma faca também foi encontrada na mochila da adolescente, segundo os policiais. A jovem foi indiciada por ato infracional análogo à tentativa de homicídio qualificado. Por se tratar de menor de idade, o processo tramita em segredo de justiça, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
João Lucas segue em tratamento intensivo, com acompanhamento médico em casa e restrição de visitas devido à baixa imunidade. Mesmo diante do diagnóstico, a família reforça a fé na possibilidade de superação. “Peço que continuem em oração. João Lucas é um milagre, e a cada dia vemos o agir de Deus na vida dele”, afirmou a mãe.
Relembre o caso
João Lucas Campelo foi baleado no dia 4 de dezembro de 2024. A autora do disparo teria levado uma arma do pai, uma pistola 9 mm de uso , para a escola após o fim do relacionamento com a vítima.
O tiro foi efetuado dentro do refeitório da unidade, em horário de aula, e atingiu o estudante na região da boca. João foi socorrido imediatamente e encaminhado ao hospital em estado grave.
Segundo as investigações, a jovem já havia ameaçado o ex-namorado e, no dia anterior ao crime, teria inclusive agredido o rapaz durante uma discussão. Após o disparo, ela foi contida por funcionários da escola e levada à Central de Flagrantes. Em seguida, foi encaminhada à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde posteriormente foi indiciada.
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