O senador Marcelo Castro, presidente do MDB no Piauí, afirmou ao portalodia.informativomineiro.com nesta segunda-feira (26) que as negociações para uma federação nacional entre MDB e Republicanos estão avançadas. Segundo ele, as tratativas que estão sendo organizadas no Congresso Nacional tendem a dar sustentação e viabilidade política na articulação que tem como foco as eleições de 2026.

Assis Fernandes / O DIA

Marcelo Castro apoia federação com Republicanos sem romper aliança com PSD no Piauí

O parlamentar piauiense argumentou que já conversou com outros aliados partidários sobre o assunto, no qual deram uma sinalização favorável para formalização da aliança partidária.

“Eu estou confiante de que nós faremos essa federação. Da parte do MDB todos os senadores, todas as pessoas que eu encontrei e que consultei são absolutamente favoráveis a que a gente faça a federação com Republicanos do Piauí”, declarou o senador.

Segundo ele, essa federação, caso seja oficializada, não irá interferir nas articulações regionais, incluindo a coligação cruzada que o MDB mantém com o PSD no Piauí, com vistas às eleições de 2026.

“Essa federação não afeta em nada [a coligação cruzada com o PSD]. A primeira condição da federação será a autonomia, como existe hoje no MDB, de cada regional do partido ter o seu direito de poder tomar o caminho que quiser, porque se não fosse assim evidentemente que os partidos se despedaçaram todos no Brasil”, justificou.

A exemplo do que ocorreu com outros partidos, o senador avalia que as federações se tornaram uma tendência nacional.

“Nós temos um período que tem modas. Hoje no Brasil está na moda fazer federação, então o PT já fez federação, o PSDB fez federação, o Progressistas com União Brasil fizeram a federação. Agora o MDB com Republicanos estão em entendimento já bastante avançado para fazer uma também uma federação”, relatou.

Para Marcelo Castro, o respeito às decisões locais é essencial para a coesão dos partidos.

“Nenhum partido hoje no Brasil, praticamente nenhum, marcha unânime de ponta a ponta. Então sempre tem alguma regional que não segue o comando geral do partido, por exemplo hoje, a ampla maioria do MDB está apoiando o governo Lula, mas tem um grupo de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul que não apoia e a gente tem que considerar e respeitar”, concluiu.