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PF investiga bancário da Caixa que pode ter desviado R$ 11 milhões de clientes via Pix

Segundo a investigação, contas abertas em nome de "laranjas" foram usadas para movimentar o dinheiro dos golpes.

27/05/2025 às 15h50

27/05/2025 às 15h50

A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam um esquema de fraudes que pode ter desviado mais de R$ 11 milhões da Caixa Econômica. Policiais federais estiveram nesta terça-feira (27), em sete endereços no Distrito Federal e em Goiás em busca de provas. Para a Polícia Civil, o valor do desvio é ainda maior e pode chegar a 206 milhões.

PF investiga bancário da Caixa que pode ter desviado R$ 11 milhões de clientes via Pix - (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil
PF investiga bancário da Caixa que pode ter desviado R$ 11 milhões de clientes via Pix

Um funcionário do banco é investigado por suspeita de movimentar o dinheiro de contas, via Pix, sem autorização. O inquérito foi aberto a partir de uma denúncia da própria Caixa. Em nota, o banco informou que colabora com a investigação e que "monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos" (leia a íntegra da manifestação ao final da matéria).

Denominada de 'Operação Não Seja um Laranja DF e GO', a ação foi autorizada pela 15.ª Vara da Justiça Federal em Brasília. No Distrito Federal, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas regiões de Santa Maria, Vicente Pires e Taboão.

A Justiça Federal também autorizou a quebra dos sigilos de mensagem e bancário dos investigados para rastrear os recursos desviados, além do sequestro de bens até o valor de R$ 11.111 863,13.

Segundo a investigação, contas abertas em nome de "laranjas" foram usadas para movimentar o dinheiro dos golpes. Em troca, as pessoas que "emprestavam" seus Fs e contas receberiam uma comissão, aponta a PF.

Funcionário é investigado por suspeita de movimentar o dinheiro de contas via Pix, sem autorização - (Jailson Soares/ODIA) Jailson Soares/ODIA
Funcionário é investigado por suspeita de movimentar o dinheiro de contas via Pix, sem autorização

Dois investigados foram ouvidos na Delegacia de Repressão a Crimes do Distrito Federal e confessaram ter emprestado as contas em troca de dinheiro, mas alegaram não ter envolvimento nas fraudes.

"As organizações criminosas vêm se valendo cada vez mais desses chamados 'conteiros' ou 'laranjas' para assim pulverizar o dinheiro obtido pelo crime, dificultando o seu rastreamento e a elucidação investigativa", afirma o delegado João Guilherme Carvalho, da Polícia Civil do DF, que participa do inquérito.

O dinheiro também teria sido transferido para empresas de apostas online, as bets. Os crimes investigados são associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Confira a nota da Caixa Econômica na íntegra

A Caixa informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes. Tais informações são consideradas sigilosas e readas exclusivamente à Polícia Federal e demais autoridades competentes, para análise e investigação.

O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança em movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas.

Adicionalmente, a Caixa ressalta que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.

E a instituição também esclarece que possui estratégias, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento.


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Fonte: Estadão Conteúdo