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Morre a atriz Dorinha Duval, a primeira Cuca do 'Sítio do Picapau Amarelo'

Atriz marcou época como a primeira Cuca do Sítio do Picapau Amarelo e teve carreira destacada na TV brasileira entre as décadas de 1960 e 1970.

21/05/2025 às 15h30

21/05/2025 às 15h30

A atriz Dorinha Duval, que marcou gerações como a primeira intérprete da personagem Cuca na adaptação televisiva do Sítio do Picapau Amarelo, morreu nesta quarta-feira (21), aos 96 anos. A informação foi confirmada por sua filha, a também atriz Carla Daniel, por meio das redes sociais.

"É com tristeza mas alívio que nos despedimos. Mãe, avó, amiga e que nos trouxe bons momentos de alegria para o público brasileiro. Te amo", escreveu Carla em uma postagem de despedida.

Morre Dorinha Duval, atriz brasileira e primeira intérprete da Cuca, aos 96 anos - (Reprodução/Arquivo Globo) Reprodução/Arquivo Globo
Morre Dorinha Duval, atriz brasileira e primeira intérprete da Cuca, aos 96 anos

Nascida Dorah Teixeira em 21 de janeiro de 1929, em São Paulo, Dorinha iniciou sua carreira artística na década de 1940 como cantora, se apresentando em casas noturnas ao lado do pianista Moacyr Peixoto. Sua versatilidade logo a levou para as radionovelas, e mais tarde, para a televisão, onde construiu uma trajetória marcada por personagens expressivos e produções de grande sucesso.

Dorinha teve agens importantes pela TV Tupi e, a partir de 1969, pela TV Globo, onde atuou em novelas como Verão Vermelho, Irmãos Coragem, Minha Doce Namorada, Selva de Pedra e O Bem-Amado, todas dirigidas por nomes centrais da teledramaturgia brasileira, como Daniel Filho.

Um de seus papéis mais lembrados é o da bruxa Cuca, na primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo produzida pela Globo, ainda na década de 1970. A personagem, baseada na obra de Monteiro Lobato, tornou-se ícone da cultura televisiva infantil do país.

A carreira da atriz teve uma interrupção abrupta no início dos anos 1980, quando foi condenada pelo assassinato de seu então marido, Paulo Sérgio Alcântara. Dorinha foi sentenciada a seis anos de prisão, mas cumpriu apenas oito meses em regime semiaberto. O caso teve ampla cobertura da imprensa na época, e repercutiu profundamente na opinião pública.

Após afastar-se da televisão, Dorinha voltou-se às artes plásticas, especialmente à escultura, atividade que ou a desenvolver a partir de 1987. Discreta nos últimos anos, manteve-se longe dos holofotes e da vida pública.


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