O prefeito de Teresina Silvio Mendes confirmou nesta sexta-feira (16) a sua ida ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) para tratar sobre o rombo bilionário na Prefeitura de Teresina, que ultraa mais de 3 bilhões de reais. A visita será na próxima segunda-feira (19), às 8h, quando Mendes se encontrará com Kennedy Barros, presidente da Corte de Contas. O chefe do executivo municipal vai apresentar a realidade financeira do município e ouvir dos conselheiros quais medidas poderão ser tomadas diante desta situação.

Durante entrevista a uma emissora de TV, Mendes afirmou que na próxima semana também irá acionar outros órgãos de controle para deixá-los cientes sobre a crise fiscal na Prefeitura de Teresina, como a Câmara Municipal e o Ministério Público Federal (MPF), já que tem dinheiro federal envolvido. "Eu vou falar com o presidente Kennedy, com a procuradora do município, às 8 horas da manhã. Vamos amanhecer o dia lá, pra saber qual é a orientação do Tribunal. Se ele vai analisar os processos que nós mandamos, se volta alguns pra controladoria do município. Enfim, vamos cumprir o que os órgãos de controle determinarem", disse o prefeito.
Desde que divulgou o problema nas contas do município, Silvio Mendes tem evitado falar em responsabilização e defendeu que isso é competência do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), que deverá analisar os 3.570 processos enviados pela Prefeitura com contratos para serem revisados.
Enquanto não é encontrada uma solução para o déficit nas contas da Prefeitura, uma comissão especial criada pela gestão municipal já elencou algumas das medidas que podem ser tomadas a curto prazo para conter as despesas e uma delas foi suspender as nomeações. "Estão suspensas quaisquer nomeações de qualquer natureza tem que ser muito indispensável para ser aprovado. Qualquer despesa nova está proibida", exemplificou o prefeito.
Segundo o prefeito, novas medidas devem causar uma redução de gastos de cerca de R$ 20 milhões por mês. "Nós tomamos uma medida no início de janeiro que se mostraram insuficientes, bem pequenas, tímidas. Dessas de ontem, nós acrescentamos uma economia de 20 milhões/mês. É ruim, é doloroso. Com certeza, a gente fez alguma injustiça na gestão de pessoas que sempre estiveram conosco, que sempre participaram da gestão", afirmou.
Uma das ações que devem ser tomadas também diz respeito à contenção de gastos com pessoal. Silvio Mendes se reuniu com representantes da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que tem uma das maiores folhas de pagamento da Prefeitura, para chegar a um entendimento. Segundo os dados fornecidos pelo prefeito, só a folha da FMS é um pouco mais de R$ 80 milhões. Juntando a folha de todos os servidores municipais efetivos e os terceirizados, chega a aproximadamente R$ 200 milhões por mês a folha da Prefeitura. "É tempo de vacas magras, muito magras", concluiu o prefeito.

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