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Pesquisa revela que mais da metade dos empreendedores de Teresina nunca fizeram empréstimos

Os dados revelam, por exemplo, que 61,1% dos empreendedores nunca aram o microcrédito.

02/06/2025 às 14h15

A Prefeitura de Teresina lançou, na manhã desta segunda-feira (2), um novo programa voltado à geração de renda e à qualificação profissional de pequenos empreendedores das zonas urbana e rural da capital. A iniciativa, realizada em parceria com o Banco do Nordeste (BNB), o Sebrae e a Embrapa, tem como ponto de partida uma pesquisa de mercado elaborada pelo professor Batista Teles, que mapeou as principais oportunidades e dificuldades enfrentadas por empreendedores locais.

Pesquisa revela que mais da metade dos empreendedores de Teresina nunca fizeram empréstimos - (Assis Fernandes / O DIA) Assis Fernandes / O DIA
Pesquisa revela que mais da metade dos empreendedores de Teresina nunca fizeram empréstimos

O estudo, conduzido com 401 entrevistados entre 25 e 30 de abril deste ano, traça um raio-x da economia informal da cidade, incluindo MEIs, prestadores de serviços, comerciantes informais, ambulantes e pequenos produtores rurais. Os dados revelam, por exemplo, que 61,1% dos empreendedores nunca aram o microcrédito e que, entre os que aram, 87,18% consideraram a experiência positiva. Ainda assim, muitos apontam entraves como excesso de burocracia, falta de informação e taxas de juros elevadas.

O estudo indica ainda que há espaço para crescimento: 86,53% dos entrevistados acreditam que existe demanda suficiente para seus produtos e serviços em Teresina. Para o prefeito Silvio Mendes, o programa surge como resposta direta aos dados da pesquisa.

“Teresina é uma cidade com uma população que busca oportunidades de emprego e renda. Mais de renda do que emprego propriamente dita. Tem uma informação, nem sei se procede, que tem gente que recebe mais Bolsa Família que carteira assinada. Se Teresina foi eleita a segunda cidade melhor de se viver, é preciso que ela evolua. Essa pesquisa, feita pelo professor Batista, mostra onde estão essas oportunidades, de acordo com a lei de mercado. E é exatamente aí que vamos atuar: formando, financiando e acompanhando cada negócio escolhido pelas pessoas. Com isso, é possível mudar o perfil socioeconômico da cidade”, afirmou.

O gestor também destacou o papel do microcrédito no fortalecimento da economia local, especialmente entre jovens e mulheres, que segundo o levantamento são os grupos mais interessados em empreender, mas que enfrentam barreiras mais acentuadas para ar financiamento.

“O Banco do Nordeste, com o financiamento, principalmente para o microempreendedor — tanto da zona urbana quanto rural. E haverá o acompanhamento do negócio, porque não basta só formar. É preciso formar, financiar e acompanhar. Com certeza assim vai dar certo. Então, nós vamos jogar todas as nossas fichas no sentido de permitir, de dar oportunidades às pessoas, principalmente jovens e mulheres, que não tem contrato e as portas estão fechadas”, declarou.

O superintendente do Banco do Nordeste no Piauí, Francisco Lopes, reforçou o compromisso da instituição em financiar o pequeno empreendedor.

“A parceria com a Prefeitura de Teresina, Sebrae e Embrapa tem vista realizar e atender os clientes através das duas microfinanças urbanas e rurais, os produtores e comerciantes informais. A gente espera que seja uma parceria de sucesso e atenda o maior volume de pessoas gerando emprego, renda e oportunidades. A gente tem recursos do fundo constitucional e sorte que recursos para os micros e pequenos não vai faltar, não tem um volume assim, são 62% da dotação orçamentária do Estado destinada a esse público. Em 2024, foram injetados mais de R$ 6,1 bilhões na economia do Piauí. Este ano, a previsão é ultraar os R$ 7,5 bilhões”, argumentou.

Francisco Lopes também ressaltou que o agronegócio segue como grande demandante de recursos, cerca de 70% do valor liberado no estado, mas que o foco do novo programa será atender também o pequeno empreendedor urbano e rural.

A pesquisa também aponta que a maioria dos entrevistados usa o crédito para comprar insumos, expandir o negócio ou adquirir equipamentos. No entanto, mais de 35% disseram enfrentar dificuldades para encontrar serviços de crédito e consultoria de gestão. Outra conclusão relevante é que 54,86% dos empreendedores contratariam imediatamente serviços de marketing e propaganda se tivessem o a crédito ou apoio institucional, um dado que revela a importância da digitalização e visibilidade dos pequenos negócios.

A proposta da Prefeitura é alinhar essa percepção de mercado com políticas públicas de crédito, formação técnica e acompanhamento de cada projeto apoiado.


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