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Xaud defende redução de datas para estaduais; Piauiense poderá ser "encurtado" em 2026

No primeiro discurso após eleito, novo presidente da CBF afirmou que pretende reduzir para 11 o número de datas dos estaduais; Campeonato Piauiense poderá ter em 2026 uma data a menos que 2025.

26/05/2025 às 12h02

26/05/2025 às 12h02

Samir Xaud foi eleito o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com mandato até 2029. A Assembleia Eleitoral confirmou, neste domingo, 25, o que já se esperava desde o dia 18, quando o roraimense inscreveu sua chapa com apoio de 25 federações, inviabilizando que um adversário tivesse o mínimo de oito s das entidades estaduais. E uma das primeiras medidas que o novo dirigente da CBF propôs durante o discurso foi a redução das datas destinadas para os campeonatos estaduais, que aria das atuais 16 para 11 datas a partir de 2026.

A medida impactaria a maioria dos campeonatos estaduais, inclusive o Campeonato Piauiense. Em 2025, o estadual do Piauí foi disputado em 12 datas. Se a proposta de Xaud for aprovada e entrar em vigor, o Piauiense 2026 terá que ser encurtado, para "caber" nas 11 datas definidas pela entidade máxima do futebol brasileiro.

Samir Xaud defende redução de datas para estaduais - (Foto: Divulgação/CBF / Estadão) Foto: Divulgação/CBF / Estadão
Samir Xaud defende redução de datas para estaduais

A medida foi anunciada no discurso de Xaud após ser eleito. “Uma das primeiras mudanças é a redução de datas dos estaduais. Estamos projetando fazer com 11 datas a partir do ano que vem. É uma singela demonstração de que nós queremos mesmo que mude. Nós começaremos com o pé direito”, disse o presidente da CBF. “Já estamos conversando com os presidentes (das federações estaduais) sobre as datas. Não acredito que teremos problemas. Os estaduais agora terão que se adequar ás normas da CBF”, complementou.

Mesmo sendo um defensor da redução de datas para os campeonatos estaduais, Xaud recebeu o apoio de 25 das 27 federações - apenas São Paulo e Mato Grosso não o apoiaram. Dentre as federações que apoiaram Xaud está a Federação de Futebol do Piauí (FFP), comandada por Robert Brown Carcará. O novo presidente teve ainda as s de Botafogo, Grêmio, Palmeiras e Vasco (Série A) e Amazonas, CRB, Criciúma, Paysandu, Vasco e Volta Redonda (Série B).

Samir Xaud e Robert Brown, presidente da FFP - (Reprodução / FFP) Reprodução / FFP
Samir Xaud e Robert Brown, presidente da FFP

Votação foi marcada por boicote dos clubes

Apesar da vitória expressiva, o processo foi marcado por polêmicas e por um racha evidente entre federações e clubes da elite. Ao todo, 21 clubes das Séries A e B decidiram boicotar a eleição, alegando falta de transparência e pouco espaço no processo decisório. Clubes como Flamengo, Corinthians, Fluminense, São Paulo e Internacional não compareceram à votação. Já outros, como Palmeiras, Botafogo, Vasco, Santos e Cruzeiro, acabaram participando, mesmo após indicarem que poderiam se ausentar.

A estrutura de votação da CBF favorece as federações estaduais, que têm peso três no colégio eleitoral, enquanto clubes da Série A valem dois votos e da Série B, um. Isso contribuiu para a inviabilidade de uma candidatura alternativa, como a de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, que chegou a ser articulada por 29 clubes, mas não conseguiu apoio suficiente das federações para formalizar a chapa.

Samir Xaud foi o único candidato inscrito. Sua eleição também definiu os oito vice-presidentes que o acompanharão na gestão. Entre eles, Fernando Sarney e Gustavo Henrique, que já faziam parte da diretoria da entidade. O pleito também marcou a escolha da primeira mulher a ocupar uma vice-presidência na CBF: Michelle Ramalho, presidente da Federação Paraibana de Futebol.

Michelle Ramalho foi a 1º mulher a ocupar uma vice-presidência na CBF - (Lucas Figueiredo/CBF) Lucas Figueiredo/CBF
Michelle Ramalho foi a 1º mulher a ocupar uma vice-presidência na CBF

A eleição antecipada é resultado de meses de instabilidade no comando da CBF. Eleito em 2022, Ednaldo Rodrigues teve seu mandato anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que apontou irregularidades no acordo firmado entre a entidade e o Ministério Público para a realização do pleito anterior.


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