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Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon

Quem a pelo local reclama da sujeira, dos transtornos e riscos de acidente pela falta de estrutura e de asfaltamento.

14/05/2025 às 10h51

Poeira por cima, reclamações e adoecimento. É assim a realidade de quem trabalha no Posto Fiscal de Timon, na entrada da cidade vizinha a Teresina, próximo à Ponte Nova. O local não tem asfaltamento. O chão é de terra batida. E quando os veículos am, a poeira sobe, dificultando a visão de quem vem atrás, sujando tudo que há em volta e causando incômodo em quem transita por ali. 

Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon

As reclamações são uma unanimidade tanto entre motoristas, quanto entre quem trabalha no Posto Fiscal. No local, fica o entroncamento da BR-226 com BR-316. Bem no meio, o Posto Fiscal da Secretaria de Fazenda do Maranhão (Sefaz-MA). Há anos, se fala na construção de uma rotatória no local com cobertura asfáltica. Mas até o momento, nada de concreto chegou a ser feito. A reportagem do portalodia.informativomineiro.com esteve no Posto Fiscal timonense e constatou os transtornos pelos quais am os motoristas que transitam por ali.

Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon

Eduardo Bernardes dos Santos tem 74 anos e trabalha como caminhoneiro há 52. Entre os postos fiscais pelos quais já ou nas rodovias que cortam o Brasil, ele diz que o de Timon é um dos mais sem estrutura que já viu. Assim que começou a circular pela região entre o Piauí e o Maranhão, Eduardo estranhou o chão de terra batida no entroncamento de duas rodovias grandes e chegou a pensar que o local estava ando por obras.

Daí já se vão décadas. “o por aqui tem uns 20 anos e é sempre assim, a poeira por cima. Além disso, não tem estrutura nenhuma. A gente chega para comer alguma coisa e é obrigado a fazer uma refeição com esse monte de terra subindo. Quando chove, ninguém a por causa da lama e da sujeira. Não custa nada ar um asfalto e fazer uma estrutura bonitinha para o pessoal que chega, né? E olha que é a entrada da cidade”, desabafa Eduardo.

Outro que também reclama dos transtornos de ar pelo Posto Fiscal na entrada de Timon é caminhoneiro Edvaldo Pereira. Ele classifica como lamentável a situação no trecho da BR-226 e fala dos riscos à saúde de quem precisa transitar por ali. “É poeira demais para todo lado. E se ar um caminhão maior, aí mesmo é que sobe terra e fica horrível ver o que tem na frente. Depois acontecem os acidentes e não sabem por quê. É buraco e poeira demais”, afirma.

Outro que também reclama dos transtornos de ar pelo Posto Fiscal na entrada de Timon é caminhoneiro Edvaldo Pereira - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Outro que também reclama dos transtornos de ar pelo Posto Fiscal na entrada de Timon é caminhoneiro Edvaldo Pereira

Quem a e fica no Posto Fiscal timonense também coleciona descontentamentos. O caminhoneiro José Luís, que roda há sete anos pelas estradas brasileiras e veio do Pará, parou no local para reparos no caminhão na beira da estrada, mas não aguentou ficar por perto enquanto os mecânicos trabalhavam por conta da poeira que subia sempre que outro veículo ava.

“Eu fico olhando assim e pensando que se para a gente que dirige caminhão já é ruim, imagine quem dirige carro menor, carro de eio. A poeira cobre tudo. Como que dirige sem enxergar nada na frente?”, questiona José.

E entre reclamações, há quem já tenha adoecido por conta da poeira e da falta de estrutura no local. O vendedor ambulante Victor Hugo tem uma banca no Posto Fiscal de Timon, na saída da Ponte Nova, há 20 anos. E, segundo ele, há 20 anos respira poeira no local, já adoeceu com problemas respiratórios e “vai continuar adoecendo enquanto não arrumarem”. À reportagem do portalodia.informativomineiro.com, ele diz que a banca ajuda a complementar a renda, mas que a estrutura no entroncamento das BRs, ou a falta dela, complica até os negócios.

Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon

“Aqui é a gente tossindo o tempo todo, limpando as mercadorias da poeira e dando um duro danado para respirar direito, porque é poeira muita e a gente é só inalando. Eu já adoeci, meu falecido irmão já adoeceu por causa dessa poeira, só o que tem aqui é gente doente por conta disso”, dispara.

Os caminhoneiros e os trabalhadores no posto fiscal cobram do poder público uma solução para o problema. Em novembro de 2023, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou que vai construir uma rotatória no entorno do Posto Fiscal de Timon, próximo à Ponte Nova. O projeto foi elaborado em parceria com a Prefeitura de Timon através do Departamento Municipal de Transportes (DMTrans).

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A ideia é que o Posto Fiscal da Sefaz-MA ficasse na área interna da rotatória. Após a obra, os veículos deveriam ar por trás do posto, fazendo o contorno. Isso, segundo informou a Prefeitura de Timon à época, reduziria os conflitos de tráfego e traria mais segurança ao trânsito na região. As intervenções estavam marcadas para começarem no início de dezembro de 2023. No local há armazenado material de construção como brita, mas até o momento permanece o chão de terra batida sem qualquer asfaltamento.

Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Com obra paralisada, motoristas convivem com a poeira no Posto Fiscal de Timon

Previsão de conclusão para agosto deste ano

A reportagem do portalodia.informativomineiro.com procurou a Prefeitura de Timo. Em nota, a Secretaria de Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informou que a obra em execução na rotatória do posto fiscal, nas proximidades da Ponte Nova, não é de responsabilidade do município, e sim do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por se tratar de uma rodovia federal. A gestão municipal atua como parceira no processo.

A SEINFRA entrou em contato com a Diretoria de Engenharia do DNIT, que informou a realização de uma reunião com a empresa responsável pela execução dos serviços. Ainda segundo o DNIT, com a redução das chuvas na região, existe a possibilidade de antecipação do cronograma. No entanto, a previsão oficial de conclusão segue para agosto de 2025.

Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de Timon, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA), informa que a obra em execução na rotatória do posto fiscal, nas proximidades da Ponte Nova, não é de responsabilidade do município, e sim do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por se tratar de uma rodovia federal. A gestão municipal atua como parceira no processo.

A SEINFRA entrou em contato com a Diretoria de Engenharia do DNIT, que informou a realização de uma reunião com a empresa responsável pela execução dos serviços.

Ainda segundo o DNIT, com a redução das chuvas na região, existe a possibilidade de antecipação do cronograma. No entanto, a previsão oficial de conclusão segue para agosto de 2025.


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