As vitaminas são substâncias essenciais para o funcionamento do corpo humano, embora não sejam produzidas pelo organismo. Elas são necessárias em pequenas quantidades, mas fundamentais para manter o metabolismo equilibrado e garantir que todas as funções vitais ocorram normalmente. Estão divididas em dois grupos principais: as lipossolúveis (A, D, E e K), que se acumulam no tecido adiposo, e as hidrossolúveis (como o complexo B e a vitamina C), que são eliminadas mais facilmente pela urina.

Ter uma alimentação balanceada é, na maioria dos casos, suficiente para suprir a necessidade de vitaminas no organismo. Entretanto, tanto a deficiência quanto o excesso dessas substâncias podem trazer sérias consequências à saúde.

Isso significa que, assim como a falta, o excesso de vitaminas também é prejudicial. A vitamina D, por exemplo, tem um papel essencial na absorção de cálcio e fósforo, ajudando a manter ossos e dentes saudáveis. Sua principal fonte é a exposição solar, sendo especialmente importante durante a infância para prevenir o raquitismo.

“Na terceira idade, sua reposição deve ser mais cuidadosa, pois ela ajuda a evitar quedas e fraturas”, explica Miranda. Pacientes com obesidade, diabetes ou acima dos 60 anos devem monitorar seus níveis dessa vitamina, já que sua deficiência pode estar associada a doenças autoimunes e redução da imunidade. Em excesso, porém, a vitamina D pode afetar os rins.

A vitamina B12, integrante do complexo B, é essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso e para a produção de células sanguíneas. Sua deficiência pode causar sintomas como formigamento, queimação, confusão mental e dificuldade de concentração. “A B12 está presente principalmente em alimentos de origem animal, como carne vermelha, o que exige atenção especial de quem segue dietas vegetarianas ou veganas”, afirma o médico. Nesses casos, é recomendável acompanhamento profissional para avaliar a necessidade de suplementação.

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Deficiência de vitaminas: entenda qual a dosagem correta e o que o excesso causa no corpo

Já o complexo B é composto por oito vitaminas diferentes (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12) e atua em diversas funções do corpo, como metabolismo energético, memória, cognição e fortalecimento do sistema imunológico. Um destaque especial vai para o ácido fólico (B9), essencial na formação do tubo neural durante a gestação e para o funcionamento adequado do cérebro. Pacientes que aram por cirurgia bariátrica devem ficar atentos, pois podem ter dificuldade na absorção dessas vitaminas.

A vitamina K, por sua vez, tem um papel importante na coagulação sanguínea. Embora seja necessária, o excesso dessa vitamina pode causar distúrbios hemorrágicos. Já a vitamina C, conhecida por sua ação antioxidante e por fortalecer a imunidade, também precisa de dosagens adequadas: seu excesso pode provocar problemas como distúrbios gastrointestinais e cansaço.

E o médico endocrinologista Wallace Miranda reforça a importância de evitar a automedicação: “Não se deve iniciar nenhum tipo de suplementação sem antes ar por uma avaliação médica”. Seguir essa recomendação é extremamente importante, uma vez que as necessidades vitamínicas variam conforme a idade, o histórico de saúde e o estilo de vida de cada indivíduo. “As mulheres, por exemplo, têm uma necessidade um pouco maior de vitaminas do que os homens, devido aos hormônios e ao metabolismo”, explica.

Por isso, a orientação geral do médico é simples: “desembale menos e descasque mais”. Uma alimentação natural, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e proteínas de qualidade, aliada à prática regular de atividade física, é suficiente para manter o equilíbrio vitamínico da maioria das pessoas. Em caso de dúvidas ou sintomas, o ideal é procurar um profissional de saúde para uma avaliação individualizada.